No início, o sentimento de posse se torna forte, quase uma obsessão, queremos ver, ter, tocar, beijar, ficar e amar muito, longos papos pelo telefone, e-mails apaixonados, declarações e juras, assim se revela a conquista, aquele jogo do amor, que no fundo, no fundo, é um jogo de interesses pessoais onde ambos querem viver intensamente esse sentimento mágico.
Parece que o grande vilão do amor é o tempo, é o conhecimento que acaba fazendo com que as pessoas se revelem como verdadeiramente são, após a conquista, onde cada um é um ator, cada um representa o seu melhor papel, mostrando as qualidades que nem sempre possuem, e é no dia a dia, na convivência após os beijos demorados, que o príncipe vira sapo, e a princesa, apenas uma perereca...
Se por um lado, o tempo pode acabar com algumas ilusões que nos permitimos nos momentos de maior carência, é justamente esse tempo que parece faltar para os relacionamentos de hoje, onde tudo é fast-food, é preparado no microondas, é enviado via Satélite, conversa-se pelo Skype, envia-se a foto pelo celular, fala-se pelo teclado no MSN, mas o principal, o que é realmente gostoso e importante que é o bom e velho papo olhos nos olhos, está ficando para trás.
Tudo bem, viver um romance instantâneo deve ser legal, deve fazer bem para o ego, mas, é como a comida do microondas, fica cozida rapidamente, mas nem se compara ao velho forno do fogão, e fica melhor ainda no fogão de lenha, que é mais lento ainda, mas quem disse que na gastronomia e no amor, a pressa é a melhor amiga dos resultados?
Não se perca em pensamentos de solidão, não se apresse em encontrar alguém, nem queira entregar seu coração ao primeiro que piscar diferente, dê tempo ao tempo, conheça a pessoa e procure se conhecer, seja exigente sim, afinal de contas, o que está em jogo é a sua felicidade, e isso, faz toda a diferença.
Autor Desconhecido
Colaboração enviada por:Ana Cintia Souza Gomes
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